

Com o povoamento do Arquipélago dos Açores e o início da exploração das condições óptimas das ilhas para a criação de gado bovino, cedo se tornou necessária a presença de cães para ajudar à condução e defesa do gado, datando do século XVI a primeira referência à sua presença nas ilhas, nomeadamente na Ilha de São Miguel. Foram esses animais os precursores do Cão de Fila de São Miguel.
A existência da raça do Cão de Fila de São Miguel propriamente dita como tal está registada desde o início do século XIX, mas é apenas em 1982 que é iniciado o registo oficial da raça pela iniciativa de António José Amaral com a colaboração de Maria de Fátima Machado Mendes Cabral, médica veterinária. O primeiro estalão oficial da raça é publicado dois anos mais tarde, em 1984, também num esforço conjunto destas duas pessoas. O primeiro exemplar da raça registado oficialmente foi a cadela 'Corisca', uma perfeita representante da sua raça.
Em 1995 é proposto à Fédération Cynologique Internationale a homologação da raça, tendo sido finalmente reconhecida no ano de 2008.


Raça de uma inteligência viva e aguçada, com grande facilidade em aprender, a força de carácter do Cão de Fila de São Miguel, aliada a uma desconfiança perante estranhos instintiva a todo o guarda, pode ser facilmente confundida com agressividade, mas esconde uma índole meiga para com aqueles com quem lida de perto, sem no entanto deixar de ser um guardião tenaz e corajoso de quem o trata. A lealdade à sua família humana é extrema.
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