terça-feira, 27 de julho de 2010

Schipperke


Schipperke, pronuncía-se: squíper-qui (fraces) ou "squipérque" (línguas nórdicas), é uma raça de cães pequena, originária do começo do século XVI. São pequenos no tamanho, mas grandes no caráter. É classificada como sendo um cão pastor, mas vêm ocorrendo um longo debate se é um terrier, spitz ou um pastor miniatura.
Um Schipperke é um cão pequeno e preto com uma silhueta única e pelagem com 3 comprimentos que forma uma juba, colarinho e culotes. Originada na Bélgica, a raça era utilizada como cão pastor e freqüentemente encontrada em barcas onde eram utilizados como rateiros e cães de alarme. Considerados os “cachorros grandes em embalagem pequena”, eles são muito ativos, extremamente curiosos e absolutamente destemidos.
Aqueles que já foram apresentados à raça os acham muito inteligentes, cômicos e amáveis. Obediência deve ser treinada com o schipperke normal, pois eles tendem a ficar entediados. Para viver feliz com um deles, o dono DEVE ser mais esperto que o cão!
Muitos criadores acreditam que eles vêm de fato do pastoreio. Muitos Schips mostram uma tendência natural para pastorear. A maior parte deles ama água, também, e é difícil mantê-los fora da tigela d’água, banheira e qualquer outro acúmulo de água que possam encontrar.
Eles são também facilmente adaptáveis e muito amáveis com crianças e outros animais, devido à sua origem pastora.

Temperamento
O Schipperke é um cão faz-tudo: tem instintos fortes de pastoreio, caça e guarda. São destemidos e independentes, espertos e obstinados. Eles são um cão cheio de energia com uma enorme curiosidade sobre tudo e por isso requerem uma grande quantidade de atenção e estimulação. Treino consistente e positivo é um requerimento, ou a vida dele pode se tornar uma competição de desejos.
Schipperkes, como muitos outras raças de tamanho pequeno, parecem não realizarem de que são cães pequenos e comportam-se como se fossem muito maiores do que realmente são. Além disso, frequentemente agem como se fossem a maior autoridade em qualquer sociedade que vivem. Os Schips, como são conhecidos, são cães com muita energia disponível e um temperamento dócil e alegre. Especialmente nos primeiros meses de vida, o dono se cansará sempre antes do cão.
Apesar de serem elétricos são muito obedientes se o proprietário souber impor suas regras e não incentivar comportamentos indesejáveis, como latidos fora de hora ou à toa, pedir comida na hora das refeições, destruir objetos que não lhe foram entregues. Impor as regras da casa pode ser difícil às vezes porque eles são sempre engraçados, especialmente quando estamos dando bronca, é preciso ser firme apesar das tentações.
É interessante utilizar elementos de seu comportamento natural para associar a comandos, como exemplo, muitos schips ficam em pé e sacodem as patas dianteiras quando estão animados, comportamento que pode ser associado ao comando "pede".
São muito inteligentes (classificados em 15º lugar no ranking de inteligência) e não gostam de ficar ociosos, porém as atividades que exercem ao longo do dia não precisam necessariamente estar associadas à presença do propietário, e se forem acostumados ficam tranqüilamente por horas sozinhos. Alguns brinquedos, outro animal ou um quintal são também companheiros bem aceitos.
Como seria de esperar, existem muitas nuances e o comportamento de um indivíduo sempre vai ser ao menos um pouco diferente dos outros, existem os Schips carentes e os que odeiam colo, mas de modo geral um pouco de atenção é bem vinda e até solicitada, porém em excesso cansa a beleza deles.
História
A primeira citação da raça por escrito data do século XV, onde o monge Wencelas falava de pequenos cães flamengos negros e sem cauda que eram a personificação do Demônio.
O famoso cinófilo Belga especializado em cães pastores Charles Huge afirmou, no fim do século XIX, que cães pretos com aparência lupina de diversos tamanhos eram comuns na província flamenga de Brabant (Bélgica) no século XVII. Os maiores eram utilizados para pastoreio e os menores como cães de guarda e rateiros. Mais tarde, a classe dominante francesa impediu a posse de cães de grande porte por pessoas que não pertencessem à aristocracia, porém o restante da população continuava precisando de cães para guarda e pastoreio de seus animais. Foram selecionados então cães de pequeno porte, que originaram as raças Schipperke e o Leuvenaar, das quais só o Schipperke permanece, aparentados com os grandes pastores belgas (Groenendael, Mechelaar, Tervueren e Laeken).
Os Schipperkes também foram utilizados largamente como cães de guarda e rateiros em barcaças nos canais holandeses, o que foi citado erroneamente por um criador inglês como sendo sua origem, segundo ele o nome derivaria da palavra holandesa schipper, barqueiro.
O nome na verdade é derivado da palavra scheper, que é flamengo para pastor. Desse modo, Schipperke significa simplesmente pequeno cão pastor. Eles também eram carinhosamente chamados spitzke por causa de seus focinhos pontudos ou moorke (moorish, preto) por sua cor.
A raça se popularizou muito em fins de século XIX por causa da rainha belga Maria Henriqueta (que até mandou fazer um retrato de seu cãozinho), a família real inglesa também passou a possuir muitos exemplares e a raça se espalhou rapidamente por toda a Europa. Os cães eram muito comuns nas casas de comerciantes e homens de negócio de classe média na Bélgica central.
O primeiro padrão foi descrito em 1933 pelo Royal Belgian Schipperkes Club, fundado em 1888 com o propósito de defender a raça que se tornou popular demais, fato que ocasionou alterações no padrão devido à exploração comercial indiscriminada.
Muito do que se sabe das origens do Schipperke vem da revista Chasse et Peche (
francês: Caça e Pesca). Foram primeiramente formados como uma raça em 1880, com o padrão sendo escrito em 1889.
O nome "Schipperke", adotado oficialmente em
1888 pelos ingleses, tradicionalmente significava "pequeno capitão". No começo da década de 1920, entretanto, ficou popular na Bélgica que na verdade a palavra era na verdade uma distorção da palavra flamenga "Schapocke" ou "Scheperke", que significa "pequeno pastor". Foi sugerido que a idéia de "pequeno capitão" era uma invenção dos ingleses, que confundiram o Schipperke com um cão holandês.
Antes do nome "Schipperke" ter sido adotado oficialmente, a raça era também conhecida coloquialmente como "Spitzke". Pensa-se que a troca de nomes foi para diferenciá-lo do
Spitz Alemão.

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